Parque Edmundo Zanoni & Museu Antonio Pergola (Atibaia – SP)

Esta semana estive no Parque Municipal Edmundo Zanoni em Atibaia, SP. O parque é palco da famosa Festa das Flores e Morangos de Atibaia, que acontece no mês de Setembro. Esse evento teve sua primeira edição em 1965 e é também uma celebração da cultura japonesa, muito presente na região. Só este ano a festa recebeu mais de 100 mil visitantes.

Fora do período festivo o parque Edmundo Zanoni é um lugar tranquilo, principalmente durante a semana. Não é muito grande (cerca de 40 mil metros quadrados) mas é bastante arborizado e abriga muitas aves. Neste passeio rápido registrei 33 espécies (veja a lista no Táxeus).

O lago atrai muitas aves que se alimentam de peixes, como o biguá, o socozinho e o martim-pescador-verde. Também estão lá outras aves que não se interessam por peixes mas gostam de viver perto da água: andorinhas, lavadeiras-mascaradas, saracuras e muitos bentevizinhos.

Nas árvores e nos gramados, vi muitos, mas muitos sabiás: sabiá-barranco, sabiá-poca, sabiá-laranjeira. Em frente à sede dos escoteiros uma árvore carregada de frutinhos (se não me engano uma aroeira) era disputada por muitos sanhaços. Enquanto isso, ali perto, uma corruíra muito agitada – como são as corruíras – procurava insetos no meio das folhas.

Aqui e ali, muitos esquilos. Ocupadíssimos, nem tomavam conhecimento das pessoas que chegavam perto para observá-los. Pouco antes de ir embora topei com alguns bigodinhos, uns passarinhos migratórios que aparecem na região nesta época do ano.

Dentro do parque encontra-se o Museu de História Natural Professor Antonio Pergola, criado em 1989. Antonio Pergola, também conhecido como Toninho Pergola, era biólogo e especialista em taxidermia. O museu, embora pequeno, reúne um acervo de cerca de 1.000 animais taxidermizados artisticamente por Antonio Pergola, ou por ele restaurados. A grande maioria são aves.

Estão expostas aves coletadas por todo o país desde a década de 40. É um material bastante antigo e representativo da avifauna brasileira. Há também uma pequena exposição de crânios de aves e uma interessante coleção de ovos, que mostra desde os diminutos ovos do diamante-mandarim (um pequeno pássaro com cerca de 11cm, originário da Austrália) até os grandes ovos das emas e dos avestruzes.

O museu também tem em seu acervo amostras de minerais, esqueletos, conchas e animais marinhos. Está aberto para visitação de terça à domingo, das 9 às 17 horas. Mas sugiro telefonar antes para confirmar o horário: (11) 4412-7186.