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Trilha do Pinheiro Velho em Monte Verde
Passarinhando por aí

Passarinhando na Trilha do Pinheiro Velho, Monte Verde – MG

por Passarinhóloga 20/06/2023
20/06/2023
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Estive em Monte Verde pela primeira vez em 2013. Na época já achei a cidadezinha meio gourmet demais, mas tinha gostado bastante de fazer a trilha para a Pedra Redonda e as trilhas para o Chapéu do Bispo e o Pico do Selado. Dez anos depois estive lá novamente, de passagem. Descobri que o acesso a essas trilhas agora é cobrado, sendo necessário comprar ingresso (preferencialmente com antecedência) no site de uma agência. Não bastando toda a burocracia, as trilhas para o Chapéu do Bispo e o Pico do Selado estavam temporariamente fechadas (só dava para fazer a primeira parte delas, até o Platô).

As agências de turismo que consultei (há várias oferecendo serviços na rua principal de Monte Verde) tentaram me vender passeios guiados para essas trilhas, o que sinceramente considero desnecessário para percursos tão curtos e bem demarcados. Curiosamente, entre uma agência e outra consultei o Google e acabei descobrindo uma trilha auto guiada e gratuita bem no meio da cidade, mas da qual ninguém fala muito: a Trilha do Pinheiro Velho.

Uma das várias entradas da Trilha do Pinheiro Velho. Esta placa fica no final da Alameda Pinheiral e foi por onde entrei.

Como dá para ver pela placa na entrada, a Trilha do Pinheiro Velho está bastante abandonada. A trilha é sinalizada e encontrei alguns bancos, mas deve fazer muitos anos que a área não recebe manutenção adequada. Tem um pouco de lixo acumulado em alguns pontos e praticamente nenhum visitante. Mas é perfeitamente possível caminhar por ali, se você não se importar em sujar os sapatos com um pouco de lama.

Mais de 100 espécies de aves já foram observadas por lá. Particularmente, gostei bastante de passarinhar logo na entrada da trilha (pela Alameda Pinheiral), onde encontrei muitas aves em ambiente mais aberto, facilitando a observação.

Arredio-pálido (Cranioleuca pallida).
Borboletinha-do-mato (Phylloscartes ventralis).
Tiribas-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis).

A partir dali a trilha acompanha o Córrego do Cadete. Neste trecho vi muito quete-do-sudeste, sabiá-laranjeira, bentevizinho-de-penacho-vermelho e coró-coró. Escutei o joão-porca várias vezes, mas não tive chance de fotografar esta pequena ave, que costuma ser encontrada perto de água corrente.

Córrego do Cadete.
Quete-do-sudeste (Microspingus lateralis).
Coró-coró (Mesembrinibis cayennensis).

Logo a mata ganha um ar meio jurássico: há samambaias gigantes por todos os lados! São samambaiaçus, também conhecidos como xaxins. Esta planta é nativa da Mata Atlântica e encontra-se ameaçada de extinção. Por muito tempo seu “tronco” foi utilizado para fazer vasos para plantas, o que quase dizimou a espécie. Hoje a extração do samambaiaçu é ilegal, e os vasos passaram a ser fabricados com fibra de coco.

Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana).
Detalhe das folhas do samambaiaçu.

As placas indicam o caminho até o Pinheiro Velho, um dos exemplares mais antigos de araucária da Serra da Mantiqueira. A araucária também é uma planta ameaçada de extinção. Sua madeira é de qualidade, motivo pelo qual a espécie já foi muito explorada. Mas foi a devastação do ambiente pela urbanização, agricultura e pastagens que mais contribuiu para a redução, drástica, de sua população.

Vale a pena fazer uma parada para contemplar esta árvore tão antiga, que provavelmente já estava por aqui quando os portugueses pisaram pela primeira vez no Brasil. Imagine o tanto que ela já testemunhou!

O Pinheiro Velho, uma araucária (Araucaria angustifolia) que dizem ter mais de 500 anos.

A Trilha do Pinheiro Velho pode não ter as belas vistas lá do alto que outras trilhas de Monte Verde proporcionam, mas certamente oferece muito aprendizado para quem estiver disposto a observar os seres que ali vivem, há tanto tempo…

América do SulBrasilMata AtlânticaMata de AraucáriaMinas GeraisSerra da Mantiqueira

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