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ruínas e urubus
Resenhas

Livro: Ruínas e Urubus

por Passarinhóloga 19/01/2012
19/01/2012
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Gosto muito dos textos do Fernando Straube. Ele tem uma fórmula interessante, sempre mostrando o lado mais “humano” da Ornitologia. Quer um exemplo divertido? O artigo na Revista Atualidades Ornitológicas: As aves nos símbolos do futebol brasileiro: escudos. Agora, ele nos presenteia com o livro Ruínas e Urubus, o primeiro de uma série, lançado este mês.

A história da Ornitologia é assunto bastante estudado e discutido lá fora. Aliás, é disto que trata o último livro que comentei aqui no blog, The History of Ornithology (Valérie Chansigaud). Infelizmente o enfoque é sempre muito distante de nossa realidade. Daí a importância de estudos realizados por brasileiros. Em Ruínas e Urubus, Straube descreve várias mudanças que ocorreram no Brasil desde seu descobrimento, que influenciaram a Ornitologia e muitas vezes dificultam seu estudo hoje. Por exemplo, o estado do Paraná nem sempre teve este nome. Até 1853, fazia parte de uma grande região conhecida como São Paulo. E este é o nome que consta nos registros dos desbravadores. Como assegurar a verdadeira área de ocorrência de uma ave descrita nestes antigos relatos?

Mais complicada ainda é a tarefa de identificar as espécies mencionadas pelos viajantes. Não haviam nomes populares para a imensa fauna encontrada no Brasil, e as aves acabavam recebendo nomes de espécies semelhantes, já conhecidas. O espanhol Cabeça de Vaca, em andanças pelo que hoje chamamos de Paraná, relatou a presença de galinhas, faisões e… avestruzes! Provavelmente o avestruz é a nossa ema, mas Straube comenta bastante os conflitos sobre sua ocorrência na região e a possibilidade de que as emas observadas seriam mantidas em cativeiro por indígenas. Já as galinhas poderiam ser jacus, quem sabe os faisões seriam urus, mas tudo isso é especulação.

Neste primeiro livro, Straube comenta o período mais pobre da ornitologia no Paraná, chamado Pré-Nattereniano, que vai desde o Descobrimento até a Abertura dos Portos, em 1808, que permitiu a entrada de muitos naturalistas no país. O texto é agradável e recheado de curiosidades. Sabia que o guará foi a primeira ave descrita no Paraná? E por ninguém mais, ninguém menos, que Hans Staden! A melhor parte: o livro está disponível para download, fazendo parte da série de cadernos técnicos da Hori Consultoria Ambiental.


Sobre o livro:

Ruínas e Urubus: História da Ornitologia no Paraná – Período Pré Nattereriano (1541 a 1819)
Autor: Fernando Straube
Editora: Hori Consultoria Ambiental
Ano: 2011

História da OrnitologiaResenhas

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